terça-feira, 1 de setembro de 2009

nostalgia


Vou ali apenas...
Entrelaçar as pernas e aconchegar-me sobre a rigidez do azulejo frio;a sala preenchida com prazeres,ensejos,alegrias e descobertas,que...
Soltam-se de minhas lembranças e caminham entre o exterior e o meu âmago como em um ciclo sem setas.


Estou aqui ou não sou...



Um resquício da melodia e cá dançamos sob tempestade pluvial.Cabelos despreocupados e as amigas-irmãs descem até o chão com uma garrafinha limitando um líquido vermelho...ah,e em plena segunda-feira.
Uma espectadora assídua dos amadores profissionais do baralho.O porquê se dá pelo prazer sem dimensões que transmite através das observações e sorrisos.Uma mesa de mármore que pega fogo;os versinhos ridiculamente engraçados são um ápice para muita fumaça...parcerias com trocas de olhares e códigos..(pausa) e o estômago também dança e reclama
-ok! Uma brecha para a música sertaneja convencer
(voltemos)
...muitas chamas: 7 de ouro,7 de copas e zap,e então o mármore é (metaforicamente) derretido.3 cartas registradas na memória do celular.Meninas-mulheres e meninos-homens que espontaneamente amam suas companhias.
...e tudo isso depois do melhor presente da futura 'menina com uma flor'...a surpresa do seu menino:ele ali.
Um velho portão ouve nossos corações por algumas noites.E só falta mesmo o gravador para registrar;assim facilitará na escrita do livro coletivo pura filosofia sentimental.Sobre meu Deus e o dela e o seu,as geografias e as subjetividades,romântico literatura e romântico sentimento;e os universos a explorarem.
Pegara a pequena pedra azul entre os girassóis casados com a terra na frente do celeiro.Um enfeite para a casa de barro construída com tanta ternura e cuidado sob a goiabeira.A seguir banhos,e mãos esquentadas no fogão à lenha.Pretérito mais-que-perfeito.
E ali,deitada sobre o veludo da sala embebida pela escuridão,a música é ouvida,e estudada,e contemplada e conta histórias...podem ser elas drama,comédia ou romance...e pensando em você ouço agora 'pensando em você'...em nós.
Quarta-feira à noite:sem chance no sofá para quem não é torcedor.Sobressaindo flamenguistas e a corintiana...e às vezes alguns palavrões ali,curtições acolá.
Ah,e domingo à tarde:sem chance no sofá para quem não é torcedor...também.E o episódio para quem está ali no parapeito da janela é a arquibancada ao vivo transbordando alegria,paixão,nervosismo,raiva e gritos-muitos.
E o tempo pedindo para ser ocupado.Então elas,amigas-irmãs,pensam 'como preenchê-lo?'Nada programado.Hum...22h30min,e se arriscam a pegar um ônibus sem saber sobre a exatidão de seu destino,em plena cidade grande.
Mais um tempo:shopping e shopping,até enjoarem.
Antecedendo saídas:e o pequeno apartamento fica embebido de perfumes,maquiagens,músicas,roupas espalhadas,pausas para as fotos e enfim 'então vamos lá'. E vão para qualquer canto conversar,beber ovomaltine,dançar,conhecer o turismo,pessoas,andar de ônibus...ah,fazer um tour bem longo pelo setor Oeste.
Oficializado:um ano de namoro.
Prática:literalmente juntos em bem menos de 365 dias,e bem mais de 365 dias apaixonados.
O olhar mais doce e intenso,e a boca mais apaixonante e desejável,e as conversas mais avassaladoras e prazerosas,e então bem ali o menino que virou o único dono do coração dela.Ela deita em sua cama e abraça Caleb,o carneirinho inspirado em Nounouse que ganhara dele de repente e aí,ah...aí é só saudade,tanta saudade...
5h30min da manhã e o pai,a mãe e as 3 filhas,de esporte fino,dentro do carro branco iam pela estrada com suas curvas desconhecidas,e iam com toda a alegria...ali dentro e fora,com a 'alta noite' acompanhando.E o amor só dançava de tanto feliz.
E iam com toda a admiração e amor prestigiar a realização do menino-soldado.


E fico aqui apenas...
olhando para o céu até a hora de me levantar e voltar para a rotina legal.

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