quarta-feira, 15 de outubro de 2008

a flor


é como ela...
chorando cores sobre o solo uniforme
tentando respirar seu conteúdo
cantando seu movimento estático
sorrindo às espontaneidades dos passáros raros
sofrendo com a exclusividade incompreendida
comemorando a exclusividade de seu surrealismo

é como ela...
conjugando seus verbos constantemente
'quando foi,sentiu,sorriu,chorou,lembrou,pensou,nasceu'
'agora é,sente,sorri,chora,lembra,pensa,ama,vive'
'e então será,sentirá,sorrirá,chorará,lembrará,pensará,...,ficará'
'e se continuasse...'

a verossimilhança...
esperando a próxima estação sem dinamismo da essência de suas cores.


foto:Natácia Bonifácio

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